Amai a Deus sobre todas as coisas e os Videogames depois


   Eu amo videogames. São a melhor invenção do homem na história. Tirando a roda, porque a roda é a base da base da base de tudo o que veio depois, inclusive os videogames! Você pode não ser capaz de ver uma roda em um cartucho de Nintendo 64, mas tem! Desde a roda até a internet, tudo faz parte!
   E, só para deixar bem claro, eu estou falando de videogame mesmo, videogame raiz! Não esses que você paga uma nota só para mudar a roupa do personagem e só consegue fechar o jogo porque a cada 30 segundos aparece um tutorial na tela! Falo do tipo que a gente se esforçava e perdia horas o dia inteiro para passar de uma fase, porque não tinha absolutamente uma única dica no jogo, não tinha internet, e a gente era pobre e não tinha dinheiro para comprar aquelas revistas de games que vinham com dicas de jogos! Isso era quando eu comecei, no início dos anos 2000, com um Mega Drive!
   Eu e minha irmã tínhamos “ganho” o videogame de um ex-cunhado com alguns cartuchos com os melhores jogos, o que claro, sempre dava umas tretas, ou porque um de nós não queria passar o controle ou porque um de nós não queria parar! Ou as duas coisas! O fato é que as coisas começaram ali!
   Foi o ouriço azul da Sega que fez com que eu me sentisse desafiado a encerrar um jogo pela primeira vez, ou melhor, o dr. Robotinick. Porque, pensem um pouquinho nisso: O homem tem dinheiro para caramba, constrói máquinas enormes e completamente funcionais que conquistam territórios, e ainda por cima, tem uma tecnologia para transformar coisas vivas em robôs e ainda tomar o controle de suas mentes! E em vez desse infeliz ir procurar um trabalho na Nasa ELE PREFERE IR TRETAR COM UNS ANIMAISINHOS QUE ESTÃO ALI DE BOA FAZENDO SUAS COISAS DE ANIMAISINHOS! Convenhamos, uma pessoa assim merece se ferrar bem bonito!
   A gente tinha outras fitas também, é claro, mas essa, cara, essa era o meu xodó, era aquela que eu mais gostava dentre todas. Lembro que na época cheguei bem perto do último boss, mas nunca consegui chegar no último chefão. Depois, minha irmã mais velha foi morar com o namorado da época e levou o videogame junto. E hoje tanto esse videogame quanto as fitas valem uma fortuna, e por isso, continuo tentando recuperar o tempo perdido da minha infância com emuladores entre um capítulo de livro ou post de blog e outro. O que é uma pena porque era uma sensação.
   Além disso, naquela época, com o Mega Drive em alta, não foi uma nem duas vezes que consegui reunir um pessoal na minha casa para jogar Ultimate Mortal Kombat III na minha casa. Mas só tinha noob ali no meio então a gente jogava entre a gente mesmo. Queria nem saber sequer de ouvir o “Choose or Destiny” porque sabia que só ia tomar p#rrada mesmo. Whatever. Também fechei alguns jogos da série mais tarde em emuladores.
   E sempre rolava umas discussões porque eu achava a Sheeva a mais bonita do jogo na saga clássica. E era mesmo, acho até hoje, mas os jogos seguintes não fizeram jus a ela. Sobretudo o “Mortal Kombat Armagedom”. Ela virou tipo um demônio ali.
   Ainda sobre a época em que eu tive o Mega Drive, um colega da escola me ofereceu de trocar duas fitas minhas, entre elas uma sequência de Streets of Rage (o melhor jogo e andar e bater da época) por uma versão dele com mais personagens e mais tarde descobri que ele se referia ao três. Mas o filho de uma boa mãe me enganou para pegar o primeiro jogo e mais uma fita que não pegava em troca de duas fitas ótimas que eu tinha. Inimigos para que, né?
   Depois veio o Playstation e trouxe toda uma outra proposta de videogames que mudou a coisa toda no meu entender. Tudo bem que jogos como os do playstation você já tinha no Cube, Nintendo 64, Dreamcast, mas foi no Playstation que tudo começou a mudar.
   Os jogos do primeiro Playstation ainda faziam jus aos consoles que o precediam. Mas o mercado consumidor mudou bastante, os jogos mudaram bastante, aí eu desencanei. Eu estou velho, não consigo mais gostar tão facilmente dos jogos mais novos. Não como gosto daqueles jogos da velha guarda: Aquilo sim era viver, era aprender, e vocês sabem o resto!

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   Esse foi mais um dos textos que eu adaptei para o blog, mas que tinha começado em outro projeto. Espero que gostem.

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