Grupos de família no Whatsapp são uma péssima idéia

 
   Eu pessoalmente gosto muito de tecnologia e de internet, e sei que muitas coisas boas vieram disso. Mas é claro, o ser humano tem o que a gente pode chamar de "toque humano" mesmo, que estraga tudo o que toca até a décima potência. Com o advento do Whatsapp, surgiu o tão odiado grupo da família.
   Porque a gente sabe que esse tipo de grupo tem uma tendência notável de virar um verdadeiro campo de guerra. Mas não tem jeito, toda família vai ter uma tia ou um parente que não tem a mínima noção do que signifique a boa convivência familiar que vai criar o famoso grupo da família.
Nesse caso foi a tia Selma.


   A tia Selma era um caso perdido mesmo. Eu tentei avisar, dar aquele toque de leve. Mas que jeito. E foi quando tudo começou. Quando não era todos os parentes dando uma de porteiros e falando "bom dia" um atrás do outro era o tio Sandro postando vídeos aleatórios que provavelmente nem ele assiste. Por sinal ele devia se contentar em só mandar vídeos de mulher pelada para os outros tios, mas não, tinha que ser chato em tempo integral. E daí por diante é só ladeira abaixo.


   As pessoas deveriam entender que há um motivo muito claro porque a família toda só se reúne no Natal e no velório quando morre alguém (com excessão daquela tia que só aparece quando morre alguém)! Para além disso, não dá para saber o que é mais frustrante quando se confere uma notificação, se é uma fake news óbvia, tipo a terra plana ou a ditadura militar ter salvo o país, ou se é aquelas piadas sem graça do tio do pavê. Porque só fazer graça ao vivo no natal, se a internet torna possível fazer o ano inteiro?


O resultado final é que geralmente metade da família acaba parando de se falar quando chega no limite e deixando o grupo vazio, só com um ou outro dizendo bom dia de vez em nunca. E a família só volta a conversar no Natal ou quando um parente morrer. E ninguém diz, mas todo mundo sabe no íntimo que é melhor assim. Inclusive a tia Selma.


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